A arte de trabalhar a cortiça está mais presente na Beira-Baixa, no Alentejo e no Algarve. É logo no momento da extração da cortiça que se vislumbram artefactos úteis como cocharros e alguidares, de formas orgânicas e beleza natural. A cortiça tem características únicas que continuam a encontrar utilidade no mobiliário e nos objectos que habitam as casas portuguesas. Através desta Rota é possível rastrear esta arte e quem a preserva.

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António Adélio Real

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Paulo Jorge Canejo Nunes

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António Joaquim Rato

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Francisco José Cardoso Ribeiro

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Museu do Traje de São Brás de Alportel

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Joaquim Pinto

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Júlio Trindade

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Observatório do Sobreiro e da Cortiça

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Museu de Lamas

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Nuno Miguel Pinto

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Jorge Lucas

Cortiça

Rota: No Tempo da Cortiça

Visitar os&nbsp;&nbsp;M&nbsp;museus e outros espaços&nbsp;&nbsp;que preservam e&nbsp; dão a conhecer 















as histórias dos artefactos e de
quem os faz

Conhecer

As Rotas Saber Fazer propõem percursos temáticos, sem pontos de partida ou de chegada, através dos quais cada um constrói a sua viagem pelas artes e ofícios artesanais. 

Rotas Saber Fazer

Ir ao encontro dos&nbsp;&nbsp;A&nbsp;artesãos&nbsp;nos seus locais de trabalho

Encontrar

Experimentar e aprender a fazer em&nbsp;O&nbsp;oficinas e espaços equipados para aprender, de forma informada e acompanhada

Fazer

Rotas

As violas de arame portuguesas – como a
Amarantina, Campaniça, Beiroa, Braguesa, Toeira, Açoriana e Madeirense –
expressam a diversidade cultural presente no território. Cada uma
delas entoa o caráter local e o saber artesanal preservado pelas mãos e pelas
vozes.

Os vários modelos existentes de violas são feitos com madeiras locais, que lhe atribuem qualidades e sonoridades distintas, características das
manifestações populares de cada região.&nbsp;

Esta Rota é uma oportunidade para conhecer  as
terras de origem destas violas, onde se constroem, se tocam e com elas se
canta e dança.

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Rota: Ao som das Violas de Arame

Do Barro ao Pote&nbsp; &nbsp; &nbsp;

A produção de objetos em barro está intimamente ligada ao quotidiano e às características das atividades domésticas e agrícolas de diferentes territórios. De entre estas, as relacionadas com o transporte e acondicionamento de água para consumo, que pela sua importância e abrangência territorial deram origem a um notável conjunto de artefactos. Muitos destes assumiram especificidades funcionais e estéticas que se tornaram identitárias no seu local de origem. Os nomes atribuídos aos mesmos artefactos varia de região em região. Aqui pode encontrar cântaros, cantarinhas, barris, vasilhas, infusas, potes, bilhas, moringas ou piporros, jarros e garrafas. A cerâmica pela sua capacidade de isolamento térmico e pela sua porosidade é o material ideal para manter água potável fresca e em boas condições de salubridade, mesmo com temperaturas elevadas.

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Rota: Bilhas para a Água

Nasce no vimeiro, usa-se no mercado

A cestaria de vime é uma das práticas mais populares nas artes e ofícios em Portugal. Não falamos só de cestos, mas também de mobiliário, incluindo cadeiras, mesas ou baús. Artefactos utilitários e decorativos que habitam as nossas casas e que, nas nossas mãos, facilitam as tarefas do dia-a-dia. Os principais centros de produção de cestaria de vime são Gonçalo (Guarda) e Camacha (Madeira). No entanto, a presença do vimeiro ou salgueiro em praticamente todo o país levou à disseminação desta arte em muitas regiões do continente, bem como nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.&nbsp;

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Rota: Cestaria de Vime

À semelhança de outros tipos de cestaria, os cestos de madeira solucionaram a necessidade de recipientes para várias tarefas agrícolas, desde as sementeiras, às colheitas e transporte de todo o tipo de cultivo; na pesca ou transporte de pescado; no comércio e outros usos mais domésticos. Contudo, algumas formas tornaram-se emblemáticas de atividades específicas de determinadas regiões, como por exemplo, o grande cesto vindimo no Douro; as canastras do transporte e comércio de peixe, no Litoral e Centro do país; e os cestos da apanha da cereja na região do Fundão. Hoje em dia é dos tipos de cestaria mais ameaçados de desaparecimento, devido à dureza da sua técnica e também à diminuição na madeira disponível, nomeadamente de castanheiro, austrália e a ainda menos frequente, a de carvalho.

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Rota: Cesto de Madeira

A arte de trabalhar o metal é uma tradição milenar que transformou a vida humana. Com a fundição do metal, surgiram novas ferramentas essenciais para diversas profissões, tornando o cuteleiro uma figura central na produção de tesouras, facas, e outros utensílios cortantes. 

Hoje há um revivalismo da cutelaria tradicional onde a forja, o martelo e a bigorna voltam a brilhar. A arte do cuteleiro de autor está a ganhar novos adeptos, revitalizando núcleos de produção em várias regiões, algumas com longa herança na fabricação de facas e canivetes.

A Rota da Cutelaria propõe uma revisitação desta arte e da sua produção, como as navalhas e canivetes tradicionais ou de autor — utensílio versátil, presente no bolso de pescadores, agricultores e artesãos, que é também uma ferramenta histórica para as refeições.

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Rota: Cutelaria

Entre terras de lava e o mar, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira floresce um património artesanal moldado pela insularidade e pela força do oceano. Cerâmica, bordados, tecelagem e tricot, cestaria e capacharia, violas da terra e madeirenses, composições com escamas de peixe, entre outras expressões, revelam a diversidade do saber-fazer das ilhas. Pela sua riqueza, singularidade e forte ligação ao mar, decidimos centrar esta Rota nos territórios insulares, sublinhando o papel único que representam no contexto das artes e ofícios portugueses.

Nesta rota, o visitante percorre oficinas, museus e lugares onde a memória se entrelaça com o presente: objetos úteis e simbólicos, feitos de argilas, madeiras, fibras vegetais e materiais de origem animal, que testemunham a criatividade das gentes destes arquipélagos e a sua ligação profunda ao horizonte marítimo.

Escamas de peixe, Berta Paiva @DGArtes/Vasco Célio-Stills/2023

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Rota: Do Oceano, as Artes

A versatilidade de uma arte do sul

A empreita de palma consiste no entrançar de “tiras ripadas” da folha da palmeira-anã. Era utilizada na produção de artefactos para acondicionamento e transporte de bens e alimentos, em objetos para uso doméstico, nos trabalhos agrícolas, na pesca e em alguns objetos de uso pessoal. Em casa ou no trabalho, no meio rural ou na cidade, a empreita de palma é um marco da cultura material algarvia. Alcofas, vassouras, esteiras. Condessas, chapéus, alcoviteiras. Esta arte versátil desdobra-se em tantos objetos do quotidiano que o mais difícil é não nos cruzarmos com ela, não apenas nesta região, mas em todo o país.&nbsp;

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Rota: Empreita de Palma

A Rota do Fio de Seda propõe um percurso entre vários locais do país com ligações, mais ou menos recentes, à história da seda em Portugal. A produção de seda em território nacional, sobreviveu como uma prática residual e artesanal, maioritariamente doméstica, muito circunscrita a algumas regiões do país. Atualmente, os poucos locais de produção de seda no país são Freixo de Espada à Cinta e Castelo Branco. Apesar de constituírem dois exemplos muito distintos, quer nos métodos de produção e transformação, quer nos seus antecedentes históricos, têm em comum aliarem a produção à componente museológica.

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Rota: Fio de Seda 

A latoaria, que consiste na produção (e reparação) de objetos feitos com chapa metálica trabalhada a frio, é uma arte com muitas aplicações e uma longa história que remonta à era pré-industrial. Foi usada na medição e no armazenamento de víveres ou de pastelaria, bem como na luminária doméstica e urbana. Encontramo-la nos assadores de castanhas, em passeios de outono pela cidade, ou em casa, nas almotolias e pás de vassouras. Este e outros artefactos mostram como a latoaria se tornou omnipresente, ainda que discretamente, no nosso dia-a-dia.&nbsp;

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Rota: Latoaria 

A tecelagem é uma arte milenar, comum a muitas culturas e com aplicações bem diversas. O linho, a lã, a seda e o algodão são as matérias-primas com maior uso ao longo da história, mantendo-se o traço característico de ser uma arte maioritariamente feminina, artesanal e doméstica. Em Portugal, destacam-se as mantas e cobertores de lã, cuja produção encontramos em todo o território continental e insular. Onde houver uma noite mais fria, haverá sempre alguém que se aquece com um destes artefactos tão acarinhados.

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Rota: Mantas e Cobertores de Lã 

A arte do mobiliário de bunho, uma planta abundante em muitas zonas húmidas do nosso país, teve o seu apogeu entre as décadas de 50 e 80 do século passado. Com a sua suave palha fazem-se assentos, bancos e cadeirões. Este mobiliário é leve, duradouro e muito confortável. Sabemos que a aprendizagem era feita em meio familiar, e que em Portugal se produzem os mesmos modelos há, pelo menos, três gerações. Nesta passagem de pais para filhos, a origem desta arte perdeu-se no tempo.&nbsp;

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Rota: Mobiliário de Bunho

Uma matéria que se transforma no fogo

Falar de barro negro é falar de uma tipologia de produção em olaria que se distingue por um processo de queima único e milenar. Esta é realizada em atmosfera redutora, o que confere às peças a sua coloração final, entre o cinza claro metalizado e o preto. Há diversas maneiras de fazer e usar a olaria de barro negro, com particularidades que variam de acordo com a região. A aparência única das peças consolidou-as como elemento decorativo, mas é à mesa que brilham realmente, pois nelas se cozinham os mais deliciosos pratos de forno.

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Rota: Olaria de Barro Negro

Com destreza se faz um palito&nbsp;

A manufatura dos palitos consiste numa atividade característica de diversas comunidades do Município de Penacova, com uma importância expressiva na economia local. No processo tradicional de produção de palitos convergem dois tipos de saberes tradicionais locais. Em primeiro lugar o conhecimentos das espécies vegetais endógenas e dos procedimentos de seleção, abate e preparação das madeiras, nomeadamente de salgueiro e choupo, destinadas à confeção de palitos. Em segundo lugar o saber necessário à laminação das madeiras, que com um utensílio simples e muita destreza, aprendida e desenvolvida em contexto familiar desde a infância, transforma um pedaço de madeira num fino palito esculpido.

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Rota: Palitos de Lorvão

Nesta rota sugerem-se percursos pelos núcleos de produção da
Renda de Bilros, que reúnem o conhecimento e a prática desta arte secular. Comumente associada a
zonas costeiras, o saber fazer das rendeiras viajou para vários pontos do país. 

Atualmente, os dois principais centros de referência na produção de renda de bilros são Vila do Conde e
Peniche, no entanto, o conhecimento persiste noutras localidades, onde
rendeiras apaixonadas pela sua arte se mantêm ativas. Os espaços museológicos e as escolas existentes têm tido um papel fundamental na
valorização e continuidade desta arte.

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Rota: Renda de Bilros

Uma viagem pelos locais em que as grandes talhas de vinho ou azeite são as protagonistas centrais. Intimamente ligados ao mundo rural, os centros oláricos de produção de talhas encontram-se próximos das zonas vitivinícolas e de olivicultura, nomeadamente no sul interior do país. Nestas regiões, a par de uma grande tradição de olaria utilitária, desenvolveram-se as olarias com mestres oleiros especializados em talhas, com exigências técnicas específicas. Após um período de decréscimo da procura destas peças na segunda metade do séc. XX, assistiu-se recentemente a um ressurgimento da valorização das talhas de barro e das suas qualidades específicas, associado ao crescimento do interesse por vinhos de produção mais artesanal e de escala controlada.

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Rota: Talhas

Percorremos os fios que cruzam duas artes ancestrais: a tecelagem e a cestaria. Em ambas, mãos hábeis cruzam e entrelaçam matérias-primas distintas — do linho ao vime, da lã ao junco —, dando forma a objetos através de tramas. Esta rota atravessa diferentes territórios e contextos — do interior ao litoral, de oficinas familiares a cooperativas —, onde técnicas locais se têm vindo a reinventar, continuando a marcar o ritmo da vida e da economia local. Entre teares e entrelaçados, descobrimos modos de fazer que resistem, evoluem e contribuem ativamente para o quotidiano contemporâneo.

Rota: No Tempo da Cortiça

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Conhecer

Fazer

Museu do Traje de São Brás de Alportel

Francisco José Cardoso Ribeiro

António Adélio Real

Paulo Jorge Canejo Nunes

António Joaquim Rato

Museu de Lamas

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Joaquim Pinto

Júlio Trindade

Nuno Miguel Pinto

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RRota: Cutelaria

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