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Olaria do Redondo

Prática
©DGARTES/Vasco Célio-Stills/2023

A Louça decorada de Redondo é um tipo de artesanato comerciável, de confeção oficinal por oleiros e pintoras, com diferentes tarefas de um ciclo de produção longo.

Os oleiros trabalham somente na vila de Redondo, em pequenas oficinas dispersas pela vila, segundo um modo de produção tradicional com uso da roda de oleiro, sendo que apenas uma olaria usa exclusivamente o barro local. Hoje a produção encontra-se virada para a fabricação de formas abertas, pratos e tigelas decoradas, sendo que apenas a Olaria Poço Velho produz essencialmente peças de cariz utilitário.

A conformação do barro é feita na roda de oleiro, hoje já elétrica, sendo a secagem feita ao ar. Posteriormente efetua-se uma primeira cozedura, principalmente em mufla elétrica ou a gás, enquanto na olaria Poço Velho se usa o forno tradicional a lenha.

A decoração recorre a várias técnicas: o esgrafitado, a pintura, o salpico, a chapada, rega, mergulho, escorrido e a imersão. A decoração realiza-se sempre sobre a superfície engobada de tinta branca, após a primeira cozedura, pois é necessário um suporte claro e opaco para que os pigmentos sobressaiam.

Para colorir a superfície da cerâmica usam-se atualmente os óxidos e as tintas de alto fogo, estando as primeiras em claro declínio pela sua dificuldade de fixação.

A pintura consiste no uso de um pincel para aplicação de pigmentos coloridos sobre a superfície de cerâmica, onde previamente se riscaram os motivos tradicionais, de motivos florais e cenas rurais, podendo também ser realizados de modo espontâneo.

Os óxidos tradicionais são sempre aplicados sobre o vidro cru, à base de chumbo, em peças engobadas de tinta branca, necessitando de uma cozedura a cerca de 900°C. As cores tradicionais são o amarelo e o verde de óxido de cobre. Os óxidos aplicados sobre o vidro, são rapidamente absorvidos por este, resultando uma coloração muito ténue. A cercadura dos pratos é pintada no fim, fazendo a pintora ou pintor rodar o prato sobre a mão.

No caso da pintura com uso de tintas de alto forno, a gama de cores é muito mais alargada sendo o vidro colocado posteriormente, ficando preparadas para a última cozedura, em mufla, acima de 900ºC. Após esta as peças ficam prontas.

Estas técnicas são aplicadas em diversas tipologias de peças de olaria de roda, desde os finais do século XIX, atingindo o seu máximo expoente entre os anos 40 e 60 do século seguinte, decaindo até hoje.

A partir do Município de Redondo tem-se desenvolvido uma continuada valorização e tentativa de preservação da olaria tradicional, elemento importante na definição da Identidade local.

  

Texto cedido pela Câmara Municipal do Redondo.

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