Vila Nova de Cacela, Vila Real de Santo António
mapa de Empreita de Palma
Empreita de Palma
A empreita de palma consiste no entrançar de “tiras ripadas” da folha da palmeira-anã, em longas “fitas”, e é um dos elementos mais enraizados na cultura material algarvia. Era utilizada na realização de artefactos do quotidiano rural, no acondicionamento e transporte de bens e alimentos, em objetos para uso doméstico, nos trabalhos agrícolas, na pesca e em alguns objetos de uso pessoal.
Sobre o material Palma
Encontrada em matos e matagais xerofílicos, em encostas soalheiras e pedregosas, e menos frequentemente em arribas litorais. Ocorre em solos secos e pedregosos, derivados de arenitos, calcários ou xistos, ácidos ou básicos. Muito abundante nos terrenos calcários do barrocal algarvio e na Andaluzia.
A floração acontece em março e abril. A apanha é feita na hora de maior calor do dia, entre os meses de junho e setembro. Recolhe-se a parte interior designada por cogolhos – os olhos ou núcleos de folhas novas – que é mais tenra e de onde se extraem as fibras mais macias. As folhas separam-nas pelas divisões naturais e colocam-se a secar ao sol durante o dia e a receber a humidade da noite. Durante o processo de secagem não podem apanhar chuva, porque esta torna a fibra escura e menos duradoura. Quando se pretende manter a coloração verde, deve secar à sombra.
Bibliografia
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- PERDIGÃO, Teresa; CALVET, Nuno. (2001). Tesouros do Artesanato Português. Volume I – Madeiras, Fibras Vegetais e Materiais Afins. Lisboa | São Paulo: Editorial Verbo.
- SCHMIDT, Luisa (coord.). (sem data). Arte Factos 2. O cesto. As peles. Expresso / IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional.
- OLIVEIRA, Catarina. (2013). “Empreita e cestaria no Algarve a partir de palma, esparto e cana. Antigos saberes, novos fazeres.” in Idades Entrelaçadas. Formas e memórias das artes de trabalhar fibras vegetais. IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional.
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