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Castanheiro

Material

Nome comum da planta

Castanheiro

Nome científico da planta

Castanea sativa Mill.

Distribuição no território nacional

Ocorre em todo o território, com manchas mais extensas em Trás-os-Montes, Beiras e, mais a sul, em Portalegre e Monchique.

Imagem da espécie Castanea sativa por Peter O'Connor ©Jardim Botânico UTAD, Flora Digital de Portugal

O castanheiro-europeu, espécie da família das Fagáceas, é uma árvore de folha caduca, de grande porte que, em idade adulta, pode crescer até 35 metros de altura e atingir cerca de 12 metros de diâmetro, chegando a viver mais de mil anos. O seu fruto, a castanha, desenvolve-se num “ouriço” (brácteas) e apresenta o seu estado de maturação no outono.

Encontrado, em manchas mais extensas, nas serras da Lousã, Açor e Estrela e nos núcleos mais chuvosos da Beira Baixa, Beira Alta, Minho e, em áreas de média altitude, em Trás-os-Montes. Encontra-se com menor densidade no sul do país, na Serra da São Mamede e na Serra de Monchique (SILVA, 2007).  

O castanheiro produz madeira de alta qualidade. A sua particularidade assenta na homogeneidade, limpa de nós e de cerne excecionalmente abundante. De moldagem fácil, é utilizada na produção de mobiliário, calçado (socas), carpintaria, revestimentos e soalhos, laminados, tanoaria e utensílios domésticos. Nas artes tradicionais, é utilizada na produção de cestaria de madeira rachada.

Durante muitos séculos, remontando à época romana – até à substituição pelos cereais e, mais tarde, pela batata – a castanha ocupou um lugar importante na alimentação dos portugueses, sendo inclusivamente reconhecida, na Idade Média, como “árvore de fruto por excelência”. Protagonizava a base de alimentação dos habitantes das zonas mais montanhosas: rica em nutrientes (hidratos de carbono, gorduras, proteína, vitaminas e minerais), acompanhava a carne ou o peixe, sendo também utilizada na produção de pão. As castanhas de qualidade inferior serviam de ração animal.

Associada às festividades populares do Magusto e do São Martinho, que se celebram a 11 de novembro, é, neste período, consumida tradicionalmente cozida ou assada. Na região de Marvão, existe a tradição de utilizar as cascas das castanhas para as aplicar em bordados de algodão e linho.

  

Bibliografia

  • Silva, Joaquim Sande (coord.). Do castanheiro ao teixo: as outras espécies florestais (Árvores e florestas de Portugal, 5). Lisboa: Público / Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 2007

  

Webgrafia

galeria

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