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A água corre para o mar

Produção artesanal portuguesa e sustentabilidade

A exposição "A água corre para o mar" tem por base o conceito de sustentabilidade, procurando realçar a atualidade dos objetos artesanais elaborados com matérias-primas naturais.

O mar é um dos elementos centrais da cultura portuguesa, sendo omnipresente na extensa costa do território continental e arquipélagos dos Açores e da Madeira. Destaca-se a produção artesanal costeira e, em particular a açoriana, valorizando a sua profunda relação com o território e a paisagem, particularmente a água e o mar. Apresentam-se objetos das mais variadas tipologias e materiais – cerâmica, cestaria, madeira, fibras vegetais e rendas – conjugando o saber-fazer artesanal com a produção contemporânea. 

Meter água

Recipientes para transporte, acondicionamento ou consumo de água. Devido às suas características materiais e versatilidade, a cerâmica e a cortiça constituem matérias-primas de excelência na sua relação com a água. São soluções naturais milenares para refrescar e conter a água com baixos custos energéticos.

Bilha de água. Olaria, barro. Armando Braz. Barcelos ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Cantil. Olaria, barro negro. Maria Fernanda Marques. Molelos, Tondela ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Cochos ou cocharros. Cortiça. Adélio Real. Portalegre ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Por água abaixo

Artes de pesca para capturar peixes e polvos, o covo e o alcatruz são armadilhas de abrigo depositadas no fundo do oceano. Tanto o vime como o barro são materiais naturais e sustentáveis, não causando danos a outras espécies nem impacto ambiental negativo.

Covo, armadilha para peixes de rio. Vime. António Ramos. Odemira ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Alcatruz, armadilha para polvos. Olaria, barro. Francisco Eugénio. Moncarapacho, Olhão ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Quem vai ao mar avia-se em terra

Artes associadas às comunidades marítimas. A renda de bilros viajou para vários pontos do território português, com maior incidência junto ao litoral. Atualmente, os dois principais centros de referência na produção desta renda em Portugal são Vila do Conde e Peniche. A cestaria feita com madeira rachada solucionou a produção de recipientes úteis em diversas tarefas agrícolas e da pesca. A canastra é um modelo usado à cabeça no transporte e venda ambulante de peixe, nomeadamente pelas varinas.

Aplicação em renda de bilros. Algodão. Cristina Santos e Graça Ramos. Peniche ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Canastra. Madeira rachada. Vime branco. José Luís Dias e Abel Dias. Vila de Rei ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Agulha rede de pesca. Pau de buxo. Adélio Real. Portalegre ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Nem todo o mar é água

Os artesãos açorianos trabalham habilmente os recursos que o mar lhes fornece, como as escamas de peixe ou o osso de baleia. O mar também prepara a matéria-prima, como a madeira que é transportada pelas ondas e transformada em objetos utilitários.

Composição com escamas de peixe. Berta Paiva. Capelas, São Miguel, Açores ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Colheres e utensílios de cozinha. Pinho recuperado do mar. Zsombor Keresztes. Arrifes, São Miguel, Açores ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

A água tudo lava

A água é um elemento central na produção artesanal, desde a olaria ao tratamento das fibras vegetais, este elemento está sempre presente nalgum momento do processo. Destacam-se duas artes cuja preparação ou produção tem na água um elemento preponderante.

Individual e pano em linho. Maria de Lurdes Lindo. Lombo da Maia, São Miguel, Açores ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Pano bordado com palha. Lina Silva. Capelo, Faial, Açores ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Expo Osaka 2025

A Exposição "A água corre para o mar" esteve no Pavilhão de Portugal, na Exposição Universal de Osaka 2025, Japão, entre os dias 21 e 31 de agosto de 2025. 

    

A exposição foi acompanhada por uma PROGRAMAÇÃO CULTURAL que promoveu o cruzamento entre tradição e contemporaneidade:

    

De 23 a 28 de agosto, com sessões às 11h00–12h30 e 15h00–16h30, os artesãos Manuel Ferreira (mobiliário de bunho) e Domingos Vaz (cestaria de cana) orientaram oficinas práticas de experimentação em torno de técnicas tradicionais com materiais sustentáveis.

    

Nos dias 22, 28, 29 e 30 agosto, às 20h30, o Pavilhão de Portugal foi palco de atuações:

    

  1. 22 agosto – "O Gajo"
  2. 28 agosto – "Bandua"
  3. 29 agosto – "Expresso Transatlântico"
  4. 30 agosto – "A Cantadeira"

Exposição «A água corre para o mar"» ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Exposição «A água corre para o mar"» ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Exposição «A água corre para o mar"» ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Exposição «A água corre para o mar"» ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Exposição «A água corre para o mar"» ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Exposição «A água corre para o mar"» ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Oficinas de fibras vegetais. Artesão Domingos Vaz ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Oficinas de fibras vegetais. Artesão Manuel Ferreira ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Oficinas de fibras vegetais. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Oficinas de fibras vegetais. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Oficinas de fibras vegetais. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «O Gajo», 22 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «O Gajo», 22 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «O Gajo», 22 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «O Gajo», 22 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Bandua», 28 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Bandua», 28 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Bandua», 28 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Bandua», 28 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Expresso Transatlântico», 29 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Expresso Transatlântico», 29 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Expresso Transatlântico», 29 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «Expresso Transatlântico», 29 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «A Cantadeira», 30 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «A Cantadeira», 30 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «A Cantadeira», 30 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Concerto «A Cantadeira», 30 de agosto. ©AICEP | Pavilhão de Portugal 2025

Parcerias

Ficha Técnica

  1. Curadoria: Ministério da Cultura, Juventude e Desporto; Direção Geral das Artes / Programa Saber Fazer
  2. Consultoria: The Home Project Design Studio
  3. Design Gráfico: Ophelia Estúdio
  4. Montagem: Helena Martelo, Rita Jerónimo / Programa Saber Fazer; AICEP / Pavilhão de Portugal 2025